quinta-feira, 31 de maio de 2012

Osteossarcoma



Os osteossarcomas são os tumores ósseos primários mais comuns em cães, 80% a 95% das neoplasias ósseas diagnosticadas, sendo de ocorrência menos freqüente no gato.
É um tumor mesenquimal maligno de células ósseas primitivas que histologicamente é composto por células mesenquimais anaplásicas que produzem osteóides. Localmente invasivo e rapidamente metastático, com forte predileção pelo pulmão.
O OSA apendicular é observado com maior freqüência em cães de meia idade e idosos, de raças grandes e gigantes, mais em cães pesados, como: São Bernardo, Rottweiler, Doberman, Pastor Alemão, Golden Retriever, Boxer, Labrador e Mastiff.
A maioria surge do canal medular dos ossos longos, podendo algumas vezes originar-se na cortical e no periósteo, e a região metafisária é o sítio primário mais comum de ocorrência. Os membros torácicos são mais acometidos que os pélvicos.


A etiologia permanece desconhecida. Existem relatos de OSA apendicular em fraturas não tratadas, osteomielite crônica e nos sítios prévios de fraturas associados a implantes metálicos ou enxerto cortical. A radiação tem sido relatada como uma causa. Alterações genéticas foram observadas em cães com OSA e relatadas como um importante fator de risco para o desenvolvimento deste tumor.
Cães com osteossarcoma apendicular são comumente apresentados com claudicação, inchaço e edema no membro afetado. A massa é geralmente firme e dolorosa à palpação.
Animais com diagnóstico radiográfico de metástases podem permanecer assintomáticos por muitos meses, entretanto, alguns se tornam apáticos e anoréxicos dentro de um mês, podendo apresentar tosse, dispnéia, perda de peso e fraqueza.
O diagnóstico tem como base a história clínica, exame físico, radiográfico e citológico, sendo a confirmação, muitas vezes, feita por biópsia e exame histopatológico.
O exame radiográfico é o método mais utilizado para o diagnóstico, porém é apenas sugestivo, pois o aspecto radiográfico pode ser variável.
A citologia aspirativa com agulha fina pode propiciar o diagnóstico definitivo como meio menos invasivo e relativamente barato. Uma biópsia de tecido pode também ser usada para diagnóstico citológico preliminar, obtendo-se uma impressão sobre lâmina.
Também é de extrema valia o uso de outros recursos como a cintilografia, tomografia ou ressonância magnética, que mais detalhadamente avaliam a neoplasia quanto a sua característica e extensão.
Confirmado OSA, há muitas opções de tratamento e controle da doença na tentativa de conseguir boa qualidade de vida, triada nos resultados dos exames.
O primeiro tratamento para OSA apendicular em cães é a amputação do membro afetado. Sua principal vantagem é que o procedimento proporciona a ressecção completa do tumor primário e conseqüente alívio da dor, sendo considerada tratamento paliativo. Depois da amputação, 70% a 90% dos cães desenvolvem metástase pulmonar com até um ano de cirurgia, sendo que 85% dos cães morrem de doença metastática. Os 15% restantes são considerados curados.
Metastectomia pulmonar é descrita como um procedimento que pode contribuir significativamente, aumentando o tempo de sobrevida de cães acometidos por metástase pulmonar.
A resposta individual de cães à quimioterapia é imprevisível, podendo resultar em insucesso. No entanto, a administração de uma droga citotóxica é necessária em face da doença metastática para diminuir a carga total do tumor, prolongar o intervalo livre da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. Em cães com metástase clinicamente ou radiograficamente detectável, a quimioterapia parece ser usualmente inefetiva.
A radioterapia como tratamento, pode ocasionar o alívio ou até remissão da dor por longos períodos e o retardo do crescimento neoplásico e sua combinação com a cirurgia pode prolongar significativamente a sobrevida dos pacientes, podendo, às vezes, ser curativa.
Cães jovens parecem apresentar a doença biologicamente mais agressiva e um tempo de sobrevida mais curto. Quando localizados na porção proximal do úmero ou em animais com peso superior a 40Kg, parecem estar também associados a menor taxa de sobrevida. O OSA apendicular, quando tem origem periosteal, é considerado de alto grau de malignidade, mais invasivo e potencialmente metastático.
A presença de metástase, detectada no momento do diagnóstico do ostessarcoma, é reconhecida como um fator de prognóstico pobre, sendo o tratamento menos efetivo em aumentar o tempo de sobrevida.
Níveis elevados de fosfatase alcalina são também fatores de tempo de sobrevida mais curto, mesmo quando tratados agressivamente.
Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária
Oncologia Pet

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quimioterapia em animais domésticos


Existem três principais métodos de tratamento de neoplasias em animais e uma delas é a quimioterapia, na qual as drogas utilizadas são as mesmas que na humana, porém em baixas dosagens. A terapia do câncer deve ser feita especificamente para se adequar a um caso individual, levando em consideração biologia, histologia, grau e extensão do tumor.
Muitos fármacos distintos foram identificados como apresentando atividade antineoplásica. Esses agentes podem ser divididos em grupos com base em seu modo de ação, atividade antitumoral e toxicidade.
Os principais fatores que determinam a resposta de uma neoplasia às drogas são: taxa de crescimento da neoplasia e resistência à droga, podendo evitar a ação dos fármacos por meio de diversos mecanismos bioquímicos e metabólicos.
A quimioterapia normalmente envolve condutas de tratamentos em que diferentes fases são descritas de acordo com o resultado objetivado. As etapas são:
Terapia de indução: diminuir a carga tumoral a um nível mínimo abaixo dos limites de detecção. Geralmente envolve um procedimento intensivo de tratamento administrado durante um tempo pré-determinado. Remissão clínica não significa cura.
Terapia de manutenção: quando é possível alcançar a remissão clínica por meio do tratamento de indução, um regime de tratamento menos intensivo pode ser adotado para manter a remissão.
Terapia de resgate: objetiva estabelecer uma remissão mais favorecida do tumor, o que normalmente envolve auxílio de terapia mais agressiva.
A principal indicação para quimioterapia como primeira linha de tratamento é em distúrbios linfoproliferativos e mieloproliferativos como, por exemplo, linfoma, mieloma e tipos de leucemia.
As complicações da quimioterapia podem surgir em qualquer época durante o tratamento. Alguns agentes citotóxicos podem induzir às reações de hipersensibilidade e podem resultar em diversas reações teciduais locais caso ocorra vazamento perivascular. As ações de drogas citotóxicas não são seletivas para células tumorais e seus efeitos em tecidos normais resultam em toxicidade e efeitos colaterais. Órgãos que apresentam elevada proporção de células em divisão são mais susceptíveis à toxicidade induzida por drogas. Deste modo, os efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia são:
Toxicidade na medula óssea: mielossupressão, neutropenia e trombocitopenia.
Toxicidade gastrointestinal: anorexia, náuseas, vômito e diarréia.
Nesses casos algo deve ser feito imediatamente, entre em contato com o médico veterinário e leve para atendimento. Não espere o dia seguinte, pois o quadro pode piorar intensamente.
A queda de pêlos, ao contrário dos humanos, é incomum após quimioterapia de cães e gatos, porém pode ocorrer em algumas raças. Felizmente, as células normais conseguem proliferar e substituir as células mortas pela medicação e esses sintomas são temporários e revertidos com a interrupção do tratamento.
Na maioria das vezes, os animais mantém suas atividades normais como viajar, brincar com os familiares e com outros cães. Todavia, alguns agentes citotóxicos apresentam efeitos colaterais menos reversíveis, como cistite hemorrágica, cardiomiopatia e nefrotoxicidade.

Risco para as pessoas conviverem com animais tratados com quimioterapia
Os quimioterápicos são medicações excretadas do organismo através da urina e fezes. Isso geralmente ocorre 48 horas após o tratamento, mas pode persistir por mais 5 dias. Se possível, determine uma área para seu cão defecar e urinar. Utilize luvas plásticas para recolher as fezes e urina do cão, elimine todo o material utilizado para limpar. No caso de gatos, que usam caixa sanitária, manipule com auxílio de pás ou rastelos. No quintal lave bastante o local com água corrente. Mulheres grávidas devem evitar contato total com as excretas dos animais.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

TVT - Tumor Venéreo Transmissível


O Tumor Venéreo Transmissível é considerado uma neoplasia de células redondas da mucosa da genitália externa de cães machos e fêmeas, transmitido durante o coito, através da transferência de células neoplásicas de um animal para outro.
Este tumor apresenta-se como uma massa ulcerada em aspecto de couve-flor que acomete além das genitálias, a cavidade oral, o pavilhão auditivo, baço, rim, fígado, pulmão, globo ocular, região anal, pele, faringe, encéfalo, ovários e prepúcio, mesmo sendo em menor freqüência. Essas metástases provavelmente são causadas pelo hábito da lambedura e arranhadura que predispõem a pele à implantação de células tumorais.
O TVT tem baixo potencial metastático, sendo por isso mais facilmente combatido. A metástase pode ocorrer nos linfonodos. Não há predileção racial ou sexual para o desenvolvimento da doença, a qual ocorre em animais sexualmente ativos, geralmente localizados em populações urbanas lotadas. É o tumor de maior incidência no Brasil por conta dos animais soltos nas ruas, sem um controle de natalidade e programa de castração.
Os TVTs podem ser solitários ou múltiplos, constituídos por massas friáveis, hemorrágicas, necróticas ou traumatizadas.
Os sinais clínicos variam conforme a sua localização. O local mais comum na cadela é a região caudal da vagina. No macho, ocorre mais comumente na região caudal do pênis.
É comum haver lambeduras da genitália externa após um tipo sanguinolento de secreção vaginal e prepucial, uma cistite ou peritonite, juntamente com o crescimento tumoral em forma de massa do órgão. Cães com TVT estão geralmente acometidos por bacteriúria no orifício uretral, favorecendo retenções de urina. O tumor lobulado, friável e sanguinolento localizado na região nasal causa dispnéia, respiração com a boca aberta, corrimento nasal, espirros e edema local. No pênis, as lesões progridem para massas lobuladas e avermelhadas com sangue constante e aspecto de couve-flor ulcerada. Na pele apresenta-se como nodulações isoladas ou múltiplas.
A metástase do TVT é descrita como sendo baixa, facilitando a regressão espontânea do tumor.
O diagnóstico é feito através do histórico do animal, exame clínico, o histopatológico e o exame citológico.
O tratamento pode ser feito com a retirada cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, sendo o mais usado à base de quimioterápicos citotóxicos, como o sulfato de vincristina isoladamente ou em associação com outros quimioterápicos. A cada aplicação, o tumor vai regredindo até desaparecer. Esse tipo de tratamento pode ter alguns efeitos colaterais como: dispnéia aguda, broncoespasmos, elevação do ácido úrico, perda de pêlo, distúrbios neuromusculares, constipação, perda de peso, náuseas dentre outros sinais.
A diversidade na forma de apresentação da neoplasia reforça a necessidade de biópsias e exames histopatológicos para um diagnóstico, prognóstico e tratamento adequados e eficientes na regressão e total eliminação das células tumorais.
O tratamento mais efetivo, até o momento, tem sido o tratamento quimioterápico com a utilização de vincristina, associada ou não a outras drogas.
A melhor prevenção é não deixar o animal saudável cruzar com animais doentes já que essa doença é transmitida pelo ato sexual ou, melhor ainda, a castração.

Redevet
Revista Veterinária

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Rinha de cães

Essa semana rolou no Facebook uma imagem de uma rinha de cães (abaixo) com vários cartazes da Heineken em volta. Logo a mensagem que acompanhava a imagem era de que a própria patrocinava a rinha.
No Facebook da Heineken encontramos a seguinte explicação e atitudes a serem tomadas:

"Imagens mostrando brigas de cães, onde banners da Heineken aparecem visivelmente em segundo plano continuam a circular nas mídias sociais. Isto é muito preocupante e absolutamente inaceitável. Como empresa e proprietária da marca, nós jamais apoiaríamos qualquer tipo de evento ou pessoa envolvida neste tipo de atividade. É contra a nossa empresa e nossas regras da marca e – o mais importante - contra os valores da nossa companhia.

Desde que tomamos ciência deste assunto, via Facebook, imediatamente iniciamos uma investigação que nos trouxe as seguintes informações:
• O local da foto é uma boate na Mongólia;
• A boate organizou uma luta de cães, o qual não tínhamos conhecimento e não estávamos envolvidos de nenhuma forma;
• O proprietário do local, verbalmente, confirmou que os banners da Heineken  estavam visíveis nas fotos porque na noite anterior o clube tinha sido decorado para um evento promocional e ele não conseguiu remover os banners quando o evento terminou. Este evento não tinha qualquer relação com a a luta de cães.

Com base neste fatos, tomamos as seguintes ações imediatas:
• Removemos todos os materiais promocionais que estavam no local;
• Retiraremos todo o estoque atual de produtos da boate;
• Cessamos o nosso relacionamento com o ponto de venda, assegurando que as nossas marcas não estarão disponíveis na boate  novamente;
• Instruímos o nosso distribuidor para verificar todos os locais onde as nossas marcas são vendidas para assegurar que tais atividades ilegais não estão ocorrendo nesses lugares. Se houver qualquer indício de que estão, vamos tomar a mesma providência e remover os nossos produtos do local;
• Continuar a garantir que os guidelines de nossas publicidades e promoções estejam sendo aplicados de forma rigorosa e fiéis às suas intenções.

Queremos agradecer aos nossos consumidores que levaram esta questão ao nosso conhecimento. Estamos chocados e desapontados por essas imagens. Compreendemos perfeitamente o nível de sentimento negativo entre os consumidores com base no que viram. E apreciamos que a grande maioria solicitou nosso ponto de vista antes de fazer qualquer  julgamento. Por fim, nós encorajamos os nossos consumidores a continuar a utilizar os canais de mídia social para nos alertar para qualquer situação onde acreditam que nossas marcas estão sendo deturpadas, para que possamos tomar as ações apropriadas."

Alertamos a todos que procurem saber o que realmente aconteceu antes de compartilhar notícias que comprometam a imagem de uma empresa. Em primeiro lugar, informem a empresa, e peçam dela os devidos esclarecimentos.

Gente, rinha de galos, cães ou qualquer outro animal é ILEGAL, pelo menos aqui no Brasil. Se souberem de algum lugar que promove esse tipo de evento, DENUNCIEM


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cadela Pit Bull salva dona


Uma cachorra da raça pit bull chamada Lilly está sendo chamada de heroína após salvar a vida de sua dona, que desmaiou embriagada sobre trilhos de trem em Shirley, no estado americano de Massachusetts.
Lilly, de 8 anos, acabou sendo atingida depois de arrastar Christine Spain para a segurança. Levada para o veterinário, ela teve parte da pata dianteira direita amputada, segundo a reportagem da emissora FOX em Boston.

O maquinista diz que viu a cadela puxando a mulher da linha de trem por volta de meia-noite da última sexta-feira (5). Ele acionou os freios, mas a locomotiva parou por completo só depois de atingir Lilly. A mulher não sofreu nenhum ferimento.
A cachorra teve a ponta da pata dilacerada, sofreu fraturas na pélvis e ferimentos internos, mas se manteve ao lado da dona até que o socorro chegassem ao local, disse um bombeiro.
O filho de Christine, David Lateigne, explicou que a mãe sofre de alcoolismo há muitos anos. Ele mesmo deu Lilly para a mãe como forma de companhia, após resgatar a cachorra três anos atrás.
"Sempre soubemos que ela é um cão especial. E ela mostrou exatamente o que é um pit bull, ela foi até o fim", conta David, emocionado. Ele trabalha como policial em Boston, longe da mãe.



G1

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